sexta-feira, 12 de novembro de 2010

TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)

       O TDAH é um transtorno neurobiológico, que se caracteriza por sinais claros e repetitivos de desatenção, inquietude e impulsividade.
       Existem vários graus de manifestação do TDAH,podendo levar a criança e/ou adolescente a experimentar significativos problemas de relacionamento, adaptação, desempenho escolar, entre outros. Embora seja um transtorno mais comumente identificado na infância, os adultos também podem ser portadores deste transtorno, predominantemente com sintomas de desatenção, sendo menos freqüente que a hiperatividade os acompanhe até a idade adulta.
      Estima-se que 3% a 5% das crianças em idade escolar possam ter TDAH. Na literatura existente encontra-se a maior prevalência de crianças em torno dos 9 anos de idade, normalmente quando estão ingressando na quarta série.O diagnóstico precoce é de extrema importância,para a identificação do transtorno, uma vez que se mal compreendidos ou ignorados estes sintomas, a criança poderá sofrer preconceitos, discriminação. Poderá adquirir, no contexto em que vive o estereótipo de “desorganizado”, “relapso”, bagunceiro”, “incapaz intelectualmente”, podendo ter baixa auto-estima e outros conflitos de ordem emocional e relacional, decorrentes da constante rejeição que sofre.Embora, num primeiro momento possa parecer difícil, é perfeitamente possível, com tratamento e manejo adequados, por parte dos pais, profissionais e da escola, que esta criança tenha um desempenho acadêmico satisfatório, desde que percebida adequadamente e respeitada.
        O diagnóstico deverá ser realizado por equipe multiprofissional (neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo) e o tratamento poderá ser medicamentoso, com reabilitação neuropsicológica (realizada pelo neuropsicólogo clínico), habilitando o paciente para readaptar-se, assim como desenvolver estratégias de enfrentamento de suas dificuldades desadaptativas, resultantes do TDAH.
       Sabe-se que o TDAH é um dos transtornos que, quando não compreendido corretamente por pais e educadores, pode gerar na criança um sentimento de permanente inadequação e fortes sentimentos de rejeição , assim como inabilidade para lidar com as situações, pois é permanentemente desconfirmada nas suas atitudes, o que a impede de acreditar em si mesma e agir adequadamente. A criança não escolhe deliberadamente “não parar”, “intrometer-se nas conversas, sem esperar sua vez”, “mover-se como se estivesse ligado num motor”, perder os materiais da escola, relutar em fazer as tarefas e sofrer represálias, por conta desses comportamentos! Ela simplesmente não consegue fazer diferente!
        Os comportamentos acima citados, quando a criança possui o TDAH, nada têm a ver com preguiça, “relaxamento”, desinteresse, por parte da criança, como sugerem alguns pais. É, como o próprio nome diz, um Transtorno que impede que o curso natural do aprendizado e do desenvolvimento intelectual, social, relacional e emocional desta criança, que precisa ser diagnosticada e tratada, não rotulada e rejeitada!
      Desejamos e buscamos ser amados, aceitos, reconhecidos, desde nossa tenra infância até o fim dos nossos dias! Portanto, descartada outra condição clínica, comportamental ou relacional que possam estar gerando esses comportamentos, seu filho pode ser portador de TDAH e estar em sofrimento, por esta condição.
Já pensou sobre isso?!

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