segunda-feira, 30 de agosto de 2010

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA

          A Neuropsicologia é a ciência que estuda a relação entre o cérebro e o comportamento humano. Também pode ser descrita como análise sistemática dos distúrbios do comportamento que se seguem a alterações da atividade cerebral normal, causadas por doenças, como Alzheimer, por exemplo, lesões, malformações, etc.
         A Avaliação neuropsicológica (AN) é o exame das funções cognitivas do indivíduo: orientação, atenção, memória visual e verbal, raciocínio, linguagem, capacidade de abstração, entre outras funções. Deve ser feita somente por profissional especializado, exigindo fundamentação consistente da Psicologia, familiaridade com os testes padronizados, para avaliar especificamente aquelas funções mentais, além do conhecimento do sistema nervoso e suas enfermidades.
          A AN poderá ser requerida no declínio cognitivo, quando existem prejuízos de áreas cerebrais com alterações neurológicas (traumatismo craniencefálico, epilepsia, acidente vascular cerebral), na diferenciação entre síndromes psicológicas e neurológicas, como a depressão e a demência, ansiedade e transtornos como TDA/H (Transtorno do Défict de Atenção e Hiperatividade), entre outras demandas. Há também indicação de avaliação em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas ilícitas, uma vez que o funcionamento neuronal pode sofrer alterações pelo uso de qualquer droga, vindo o indivíduo a sofrer modificações nos processos de pensamento, atenção, sentimentos, emoções, concentração, memória, coordenação motora e nível intelectual.
         O exame neuropsicológico prevê determinado número de sessões (6 a 10) dependendo, sempre, do ritmo que o paciente adota. Essas sessões incluem entrevista de coleta de dados, com pacientes e/ou familiares, testagens e devolução dos resultados. A referida devolução será realizada pelo profissional, com base nos resultados obtidos. Este construirá um laudo (documento pessoal do cliente) com estes dados, onde as orientações quanto à reabilitação das funções prejudicadas estarão presentes, bem como os encaminhamentos a outros profissionais, quando necessários (neurologistas, psiquiatras).
          Através dos resultados da AN pode-se propor uma intervenção ou reabilitação, focada nas funções cognitivas que possuem déficts, e nos distúrbios psicológicos e/ou psiquiátricos, quando houver. O objetivo será oferecer melhor qualidade de vida ao paciente e minimizar os sintomas e o grau de sofrimento deste, assim como dos familiares.
        Importante considerar que, na reabilitação neuropsicológica, sessões de orientação à família ou cuidadores do paciente, são fundamentais. Sempre que este for criança, jovem/adulto com prejuízos significativos ou ainda, idosos que necessitam amparo. Além de auxiliar no sucesso do tratamento, a presença dos cuidadores, imprime a este processo, um sentido de comprometimento com o bem-estar daquele a quem nos responsabilizamos, neste momento. Este fator, sem dúvida é positivo, para apropriada recuperação e possibilidades de uma vida com maior qualidade.

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